Gotas Calmantes
Apresentação: Tintura de Valeriana 20%, Tintura de Mulungu 10%, Tintura de Maracujá 10% , Tintura de Melissa frasco vidro ambar conta-gotas
Modo de usar:
Insonia -Tomar 20gts 1h antes de dormir.
Ansiedade/ Estresse tomar 20 gts 3x ao dia.
VALERIANA
Nome científico: Valeriana officinalis L.
Sinonímia científica: Valeriana alternifólia Ledeb.; Valeriana angustifolia Tausch ex Host; Valeriana collina Walr.; Valeriana dúbia Bunge; Valeriana excelsa Poir.; Valeriana hispidula Boiss.; Valeriana lucida Hort, ex DC.; Valeriana major Pall.; Valeriana pinnata Gilib.; Valeriana procurrens Wallr.; Valeriana repens Host; Valeriana stolonifera Czern.; Valeriana sylvestris Garsault; Valeriana sylvestris major Tourn.; Valeriana sylvestris Groschke; Valeriana tenuissima Schur; Valeriana versifolia Brueg.; Valeriana vulgaris Bubani.
Nome popular: Valeriana e Baldriana.
Família: Valerianaceae.
Parte Utilizada: As raízes e os rizomas.
Composição Química: Extrato padronizado em 0,8% de Ácido Valerênico. Óleo Essencial; ésteres terpênicos (isovalerianato, acetato e formiato de borneol, isovalerianato decariofileno,ieugenilo e isoeugenilo); monoterpenos (canfeno e pineno); sesquiterpenos ( valerenal e valeranona)); ridóides valepotriatos (destacando-se valtrato e didrovaltrato); GABA; Glutamina; Arginina; traços de Alcalóides (valerina e chatidina); Taninos; Ácidos graxos (palmítico, esteárico, oléico, linolêico, linolênico, araquídico); Fitosteróis (-sitosterol);Ácidos Aromáticos (benzóico, salicílico, isoferúlico, hesperitínico ou 3-hidroxi-4-metoxicinâmico); Ácido Valeriânico; Enzimas (oxidases e lípase).
A Valeriana é uma herbácea perene, forma cepas curtas com raízes divergentes, horizontais,esbranquiçadas com brácteas curtas. Os ramos são redondos estriados, ocos, fistulosos. O rizoma seco contém um óleo volátil de odor distinto e desagradável. A erva fresca não tem nenhum cheiro detectável, porém com a secagem causa a liberação do composto odorífero ácido isovalérico.
Indicações e Ação Farmacológica
A Valeriana é indicada na ansiedade; na insônia; na taquicardia; na hipertensão arterial; nas cefaléias; na síndrome do cólon irritável; nos espasmos gastrintestinais; nas parasitoses; como coadjuvante em tratamentos de epilepsia; em contusões; em dermatoses; no stress; na asma e broncoespasmos de origem nervosa. Em Homeopatia é um remédio geral dos espasmos e moléstias histéricas, especialmente na época da menopausa. Hipocondria histérica: susceptível a Insônia, nervosismo, dentre outras aplicações. A atividade terapêutica derivada da Valeriana corresponde fundamentalmente com dois aspectos: antiespasmódico e sedante. Com certeza o segundo efeito é mais valioso na sua utilização na clínica médica, já que existe um sinergismo entre os valepotriatos e o óleo essencial. Os efeitos sedativos esperados com relação à potência farmacológica são menores que os proporcionados pelos benzodiazepínicos e outros compostos similares. Várias experiências demonstraram que a raiz da Valeriana é um excelente indutor do sono em pacientes que não haviam se submetido a outros tratamentos. Assim sendo, um ácido volátil, a valeranona se comporta como um modulador do sono e inclusive participa na diminuição dos níveis de 5-O-Htriptamina e noradrenalina no cérebro de coelhos. As primeiras experiências realizadas com extratos de Valeriana em ratos determinaram diminuição dos reflexos, sedação e diminuição da atividade locomotora, medida através de testes de atividade espontânea. Foi constatada que a diminuição da motilidade nos ratos estava exclusivamente relacionada com os valepotriatos.
No entanto, a adição dos óleos essenciais incrementava esse efeito. Com relação ao ácido valerênico, comprovou-se que é o mais importante dentro da mistura dos óleos que compõem a Valeriana officinalis, com relação à função depressora do sistema nervoso central de acordo com estudos comparativos junto com o diazepam, clorpromazina e pentobarbital. O efeito sedativo foi comprovado sobre pacientes voluntários que apresentavam dificuldade de dormir.
A administração de raiz de Valeriana em doses entre 450 e 900 mg provocou uma diminuição no tempo requerido para dormir (com relação ao grupo placebo), menor quantidade de movimentos na cama e sem o clássico “hangover” matinal após despertar, como os apontados por outros fármacos. Diferentes estudos bioquímicos têm demonstrado que o ácido valerênico inibe sistema enzimático central do GABA. O aumento deste se associa a uma diminuição da atividade do SNC. No entanto, a ação sedativa dos extratos totais da raiz de Valeriana sobre os receptores GABA-A estaria sujeita a uma interação de vários compostos entre eles o ácido gama aminobutírico e alguns outros que ainda estão sendo investigados.
Neste sentido, tem-se comprovado que plantas que atuam sobre os receptores GABA-A (camomila, maracujá e valeriana) apresentam dois tipos de substâncias capazes de tal associação: algumas não eram reconhecidas como anticorpos específicos antibenzodiazepínicos, enquanto que as outras sim, o qual indica que estas últimas deviam ser muito similares aos benzodiazepínicos. Com relação à atividade antiespasmódica, a mesma já havia sido observada no ano de 1957. As primeiras evidências atribuíam esta ação somente aos óleos essenciais. Posteriormente já se pensava que era apenas dada pelos iridóides valtrato e didrovaltrato. Porém anos mais tarde pôde-se comprovar por provas in vivo sobre óleo de porquinho da Guiné, que outros componentes também participam desta atividade valtrato 8 a, isovaltrato e dihidrovaltrato 9 a, assim como o óleo essencial.
Toxicidade/Contraindicações
As doses orais são bem toleradas em geral. Nas doses usuais. Devido a sua ação sobre o sistema nervoso central, não se recomenda seu uso prolongado já que pode provocar dependência. Para alguns constituintes da Valeriana foi avaliada a sua DL (Dose letal) 50 que segue: Óleo Essencial: 15g/kg; Extrato Etanólico: 3,3 g/kg intra-peritoneal; Valeranona: > 3 g/kg oralmente administrado de forma aguda em ratos e Ácido Valerênico: aproximadamente 300 mg/kg intraperitoneal em ratos. Alguns estudos expressaram atividade citotóxica dos valepotriatos.. Esta citotoxicidade foi demonstrada in vitro, mas não in vivo, em doses de 1350 mg/kg. É contraindicado o uso durante a gravidez e lactação (devido ao óleo essencial). Não tomar junto a outros depressores do sistema nervoso central, pois o efeito pode se potencializar.
MULUNGU
Nome científico: Erythrina vellutina Willd.
Sinonímia Científica: Erythrina aculeatissima Desf.; Erythrina splendida Diels.
Nome popular: Bocare, nas Antilhas; Bucare, pericoa, pericoco, na Venezuela; Canivete,corticeira, sananduva, suína ou sauinã.
Família: Fabaceae-Faboideae.
Parte Utilizada. Casca.
Composição Química: Alcalóides, Taninos, flavonóides e isoflavonóide, erivelutinona, 3'-Ometilsigmoidina, faseolidina e homohesperetina. O Extrato pó micronizado deverá apresentar no mínimo 0,5% de Taninos totais.
Árvore decídua, de copa aberta e arredondada, muito floríferas e ornamentais, espinhentas, de 6 a 12 m de altura. Folhas compostas trifoliadas, alternas e folíolos cartáceos, velutinopubescentes, medindo de 3 a 12 cm de comprimento. Flores vermelho-coral, grandes,dispostas e panículas racemosas com raque pulverulenta, formada com a árvore totalmente despida de sua folhagem. Frutos tipo legume (vagem) deiscente, com 5 a 8 cm de comprimento, contendo 1-3 sementes uniformes de cor vermelha e brilhantes. É nativa da caatinga do nordeste brasileiro e Vale do São Francisco, muito ornamental quando em floração sendo ocasionalmente empregada no paisagismo. Ocorrem em outras regiões do país outras espécies deste gênero com características semelhantes e com o mesmo nome popular. Antimuscarínica e depressora do SNC compatíveis com as propriedades preconizadas pela medicina popular para esta planta. Sua análise fitoquímica mostrou também a presença de diversos alcalóides do tipo comumente encontrado nas espécies de Erythrina.
Indicações e Ação Farmacológica
O extrato seco de Mulungu apresenta constituintes farmacologicamente ativos de ação central.
Mulungu é popularmente usada no Brasil como agente tranquilizante, foi estudada em ratos em um modelo laboratorial de indução de ansiedade. Os resultados sugerem que Erythrina vellutina exerce efeito ansiolítico especialmente em comportamentos defensivos associados a distúrbios de ansiedade generalizados.
Em estudo preliminar com extratos de Mulungu demonstrou que ocorreu atividade antibacteriana do extrato vegetal sobre Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus. Foi registrada atividade moderada contra todos os microrganismos no teste de concentração inibitória mínima – CIM para o extrato bruto e fração hexano das cascas de E. velutina.
Estudos farmacológicos em animais de laboratório constataram uma significativa atividade espasmolítica de seu extrato e atividades curarizante.
São atribuídas as preparações de sua casca propriedades sudorífica, calmante, emoliente e peitoral. O infuso da casca é empregado como sedativo e calmante de tosse e bronquites, bem como para o tratamento de verminoses e hemorróidas e, o seu cozimento (decocto) para acelerar a maturação de abscessos nas gengivas.
Toxicidade/Contraindicações
Curarizante, antimuscarínica e depressora do SNC.
O uso de Mulungu pode potencializar o efeito de ansiolíticos e medicamentos antihipertensivos quando associados.
MARACUJA
Nome científico: Passiflora alata Dryand; Passiflora edulis Sims.
Nome popular: Passiflora alata D.: Maracujá doce, maracujá de refresco, maracujá grande, maracujá alado, maracujá guaço e maracujá de comer.Passiflora edulis S.: Maracujá ácido, maracujá azedo, maracujá peroba.
Família: Passifloraceae.
Parte Utilizada: Folhas.
Composição Química: Alcaloides: harmana, harmalina, harmol, rarmalol.Flavonoides: aspergina, vitexina, saponarretina, apigenina, orientina. Glicosídeos cianogênicos: passiflorina, ginocardina. Fração de esteroides: sitosterol, estigmasterol.Saponina, gomas, taninos, pigmentos, pectinas, serotonina, resinas, ácido licânico e ácido parinário.
O termo do maracujá é usado para muitas das 400 espécies do gênero Passiflora, que são primariamente plantas videiras trepadeiras, todas elas originadas da América tropical. Deste total, cerca de 150 são relatadas como nativas da região Centro-Norte do Brasil que é o seu maior dentro de dispersão, sendo utilizadas como ornamento, alimento e medicamento. Das 150 espécies, mais de 60 produzem frutos que podem ser aproveitados como alimentos na forma de doces, licores e refrescos, sendo que Passiflora edulis e Passiflora alata estão entre as mais importantes comercialmente.
Indicações e Ação Farmacológica
É indicado em casos de dores de cabeça de origem nervosa, ansiedade, perturbações nervosa da menopausa, insônia, taquicardia nervosa, doenças espasmódicas e nevralgias.
Devido aos alcaloides e flavonóides, age como depressor inespecífico do sistema nervoso central, resultando em uma ação sedativa, tranquilizante e antiespasmódica da musculatura lisa.
Também tem atividade cardiovascular devido ao fato de diminuir por instantes a pressão arterial e ativa a respiração, deprimindo a porção matriz da medula.
A passiflorina é similar a morfina e é um medicamento de grande valor terapêutico como sedativo e que apesar de narcótico, não deprime o sistema nervoso central. E também possui efeitos analgésicos o que justifica o seu emprego nas nevralgias.
Toxicidade/Contraindicações
É contraindicado em pessoas de hipotensão. Deve-se controlar o uso das folhas na forma de chá, pois existem riscos de intoxicação cianídrica consequente ao uso de doses exageradas.
Não há relatos de risco durante a gestação/lactação.
MELISSA OFFICINALIS
Nome científico: Melissa officinalis L.
Sinonímia Científica: Melissa altissima Sibth e Sm.; Melissa cordifolia Pers.; Melissa foliosa Opiz.; Melissa graveolens Host.; Melissa hirsuta Hornens.; Melissa occidentalis Rafin.; Melissa romana Mill. Melissa bicornis Klokov.
Nome popular: Melissa, Melissa Verdadeira e Erva Cidreira.
Família: Lamiaceae.
Parte Utilizada: Folha e caule
Composição Química: Padronizado em 5% de Ácido Rosmarinico, Óleo Essencial: linalol, nerol, geraniol, citronelol, a-terpineol, terpineno-1-4-ol, neral, geranial, cariofilenol, farnesol, 10-epi-a-cadinol, a-cubebeno, a-copaeno, ß-burboneno, ßcariofileno, a-humuleno, 1,8-cineol, óxido de cariofileno e ocimenos; Flavonóides: luteolol-7-glicosídeo, ramnocitrosídeo, apigenina e quercitrosídeo; Ácidos Carboxílicos: cafêico, clorogênico, elágico e rosmarínico; Taninos; Princípio Amargo; Mucilagens Urônicas.
Planta originária da região que circunda o Mediterrâneo e também a Ásia, Melissa officinalis L., conhecida popularmente como erva-cidreira, é uma planta da família Lamiaceae, arbustiva, que pode atingir de 20 a 80 cm de altura. Os caules, ramificados a partir da base, formam touceiras. As folhas são verde-intensas na parte superior e verde-claras na parte inferior. As flores, quando surgem, são brancas ou amareladas, podendo tornar-se rosadas com o passar do tempo. Toda a planta emana um odor semelhante ao do limão, que se torna mais intenso na planta seca.
Indicações e Ação Farmacológica:
O ácido rosmarínico da Melissa officinalis é um dos principais componentes implicado com sua resposta farmacológica. É indicada na inapetência(ausência do apetite), na gastrite, nos espasmos gastrintestinais, nas disquinesias hepatobiliares, meteorismo(presença exacerbada de gases no trato gastrointestinal), nas coleocistites, nas diarréias, na ansiedade, na insônia, na hipertensão arterial, na taquicardia, na enxaqueca, na asma, na dismenorréia, em feridas, no hipertiroidismo e herpes simples. Também apresenta efeito sedativo e ligeiramente hipnótico, e antioxidante.
Efeito antiviral: Um ensaio clínico duplo-cego, randomizado e controlado com placebo, avaliou o efeito antiviral do extrato aquoso de Melissa officinalis em 116 pacientes com infecção de HSV (herpes) da pele ou da mucosa de transição. Houve melhora estatisticamente significativa do grupo tratamento em relação ao grupo placebo.
Efeito sedativo: M. officinalis pode modular várias medidas de comportamento, como um moderado sedativo em transtorno do sono, na atenuação de sintomas de desordens nervosas, inclusive a redução de excitabilidade, ansiedade e tensão. Em estudo pré-clínico em camundongos, foi administrado um extrato hidroalcoólico de folhas de M.oficinalis, houve redução significativa da atividade comportamental em dois testes em comparação com o controle, o que sugere que o extrato apresenta efeito sedativo.
Toxicidade/Contraindicações
O óleo essencial de Melissa se comporta como neurotóxico e mutagênico em doses elevadas. O linalol e o terpineol produzem um efeito depressor do sistema nervoso central e em altas doses provocam quadros narcóticos. Ocasionalmente pode produzir hipertensão arterial em doses normais por vasodilatação periférica. É contra-indicado o uso de óleo essencial de Melissa durante a gravidez, lactação, para crianças menores de seis anos de idade, pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do cólon irritável, colite ulcerativa, doença de Crohn, epilepsia, afecções hepáticas, doença de Parkinson ou outra enfermidade de cunho neurológico. Não fazer uso tópico em crianças menores de seis anos e pessoas com alergia conhecida a óleos essenciais.
Referência Bibliografica:
Segundo a Legislação Sanitária Vigente (RDC 67/2007) temos:
7.1.3. As especificações das matérias-primas devem constar de no mínimo:
d) No caso dos insumos farmacêuticos ativos e adjuvantes - referência de monografia da Farmacopeia Brasileira; ou de outros compêndios internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme legislação vigente. Na ausência de monografia oficial pode ser utilizada como referência a especificação estabelecida pelo fabricante.
1.ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA,Farmacopeia Brasileira,Brasilia,2010,Disponível em Acesso em 15 de julho de 2014 .
2.http://florien.com.br/