Apresentação: Sachê de Creatina 5g pura , sem sabor. Para dissolver em suco.Embalada em saches individuais .
Zero lactose, zero glúten
Modo de usar: Dissolver o conteúdo de um sache em um copo de água ou suco e tomar antes do treino
Creatina
Uso: Interno
Fator de Correção: Não se aplica
Fator de Equivalência: Não se aplica
A Creatina é uma substância endógena que se encontra principalmente no músculo esquelético dos vertebrados. A Creatina monohidratada tem sido empregada no tratamento de transtornos metabólicos e é utilizada como suplemento dietético.
Boa parte do recente interesse na creatina como suplemento tem sua origem no uso feito por atletas e halterofilistas. A creatina e a fosfocreatina têm papéis importantíssimos não só como tampão intracelular, mas como transportador de energia para a movimentação do fosfato de alta energia em várias células.
Devido à quebra espontânea e irreversível da creatina e da fosfocreatina em creatinina, a creatina precisa ser continuamente reposta através de uma combinação de dieta e síntese. A taxa de perda da creatina é estimada em aproximadamente 1,7% da produção total diária do corpo. Como mais de 90% da creatina e da fosfocreatina do corpo são encontrados nos músculos, as perdas de creatina (e a eliminação de creatinina) variam em função do sexo e da idade de cada pessoa. A eliminação da creatinina atinge seu máximo na faixa etária de 18 a 29 anos, com taxas médias de 23,6 mg/kg/dia. A taxa média para as mulheres é de aproximadamente 80% a dos homens. A taxa de perda da creatinina diminui quase linearmente com a idade; homens entre 70 e 79 anos têm taxas médias de eliminação de 12,6 mg/kg/dia. Esses dados mostram que a creatina precisa ser reposta através de dieta ou de síntese. Sua principal fonte são as carnes e derivados do leite.
Indivíduos com hábitos alimentares vegetarianos, por exemplo, recebem muito pouca creatina em suas dietas e devem, portanto, obtê-la quase toda por síntese. A síntese da creatina exige muito do metabolismo de aminoácidos.
A suplementação de creatina é usada como agente ergogênico, principalmente por atletas envolvidos em exercícios de alta intensidade e de curta duração. A dose normalmente usada é de 20g por dia (divididos em quatro doses) durante cinco dias, seguido de doses de manutenção de 2 a 5g por dia. A suplementação de creatina aumenta a creatina muscular total (creatina mais fosfocreatina) em aproximadamente 25% e, quando acompanhada de exercícios, em 37% em média.
Um dos efeitos mais pronunciados da suplementação é o aumento da massa muscular,principalmente quando um programa de exercícios acompanha essa suplementação. Em uma meta-análise realizada incluindo 96 estudos, observou-se um aumento médio da massa corporal magra de 2,2kg. Duas semanas de treinamento de resistência em conjunto com suplementação de creatina aumentaram o diâmetro da fibra muscular em 35%, em comparação com 6% a 15% no grupo do placebo.
Seu uso também pode ser terapêutico no tratamento de várias doenças neuromusculares e neurodegenerativas. Seu uso no tratamento da atrofia girata (caracterizada pela degeneração da coróide e da retina e pela atrofia das fibras musculares do tipo 2) reduziu ou eliminou por completo as anormalidades musculares; entretanto, observou-se uma progressão dos distúrbios visuais.
Estudos feitos com modelos de animais sobre a Doença de Huntington mostraram que a suplementação de creatina prolongou o tempo de vida, diminuiu a atrofia cerebral e retardou a atrofia de neurônios estriatais. Vários pequenos estudos realizados com seres humanos mostraram que doses de 3 a 8g diárias são seguras e toleráveis. Observou-se um aumento significativo nos níveis de creatina no cérebro em Pacientes que ingeriram 5g/dia durante 4 meses. Em estudo recente (randomizado, duplo-cego, controlado por placebo), 64 pacientes com Doença de Huntington obtiveram redução dos níveis de 8-hidróxi-2’-desoxiguanosina,após 16 semanas de tratamento com 8g/dia de creatina. A suplementação também mostrou efeitos positivos no tratamento da Doença de McArdle (em baixas doses) e na distrofia muscular de Duchenne (0,1g/kg/dia).
Embora há muito reconhecida pelo seu papel nos músculos, hoje é sabido que a creatina é vital para uma função normal do cérebro. Isso é mostrado por sintomas neurológicos exibidos por crianças com deficiências de nascença na síntese e no transporte da creatina.
Contribuindo para demonstrar a importância dos níveis de creatina no cérebro, foi realizado um estudo cruzado, duplo-cego, controlado por placebo, com indivíduos vegetarianos, onde foram administrados 5g/dia de monoidrato de creatina ou placebo durante seis semanas. Após um período de washout de seis semanas, os tratamentos foram invertidos. Foram realizados vários testes cognitivos que requerem velocidade de processamento, tais como a recitação de números em ordem inversa. A ingestão de creatina apresentou uma melhora significativa nos resultados desses testes. Indivíduos que fizeram suplementação de creatina conseguiam, em média, recitar 8,5 números em ordem inversa contra apenas 7 números no grupo do placebo.(2)
Assim, torna-se visível a grande importância da presença da creatina em níveis adequados no corpo. Seu campo de ação é extenso, abrangendo direta e indiretamente vários tipos de anormalidades e doenças. No entanto, mais estudos são necessários para que se possa avaliar a verdadeira extensão e os resultados promissores da suplementação de creatina.
Recomendação de uso Até 20g/ dia.
Usualmente para suplementação: é feita em envelopes de monodose de 5g; tomando inicialmente 1 envelope 4x/dia, juntamente com carboidratos (aproximadamente 34g a cada tomada) durante 3 semanas. Manutenção 1 envelope 2x/dia. (2)
Referência Bibliográfica:
Segundo a Legislação Sanitária Vigente (RDC 67/2007) temos:
7.1.3. As especificações das matérias-primas devem constar de no mínimo:
d) No caso dos insumos farmacêuticos ativos e adjuvantes - referência de monografia da Farmacopeia Brasileira; ou de outros compêndios internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme legislação vigente. Na ausência de monografia oficial pode ser utilizada como referência a especificação estabelecida pelo fabricante.
1.ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA,Farmacopeia Brasileira,Brasilia,2010,Disponível em < http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm > Acesso em 15 de julho de 2014.
2.PHARMANOSTRA.Creatina, São Paulo-SP 10/2015. Disponível em<http://www.pharmanostra.com.br/uploads/insumos/pdf/c/Creatina_1.pdf > Acesso em 14 de março de 2017.